O Que é o Coronavírus e Como se Proteger da Doença

Em dezembro de 2019, quatro pessoas foram internadas no hospital de Wuhan, uma das maiores cidades da China, com uma população de 11 milhões de habitantes. Não por coincidência, os quatro apresentavam um quadro de pneumonia que não correspondia aos vírus de gripe até então conhecidos, e também, eles trabalhavam no mesmo local, o mercado de pescados de Wuhan. Nesta feira se vende diversos animais para alimentação, como sapos, tartarugas, patos, porcos, javali, entre outros, inclusive vivos.
O governo chinês cruzou os dados dos pacientes com pneumonias graves e descobriu que desde o começo de dezembro, diversas pessoas foram internadas com o mesmo problema, sendo a maioria, trabalhadores deste mercado de pescados. Após testes nesta área e nos produtos, foi descoberto um novo tipo de coronavírus, o Wuhan 2019, atualmente chamado de SARS-CoV-2. Você deve ter ouvido falar de COVID-19, porém este não é o nome científico do vírus, e sim da doença.
O que é o Coronavírus?
Coronavírus não é o nome do vírus em si desta nova doença, mas sim uma “família” de vírus respiratórios que circulam pelo mundo, tanto em seres humanos quanto em outros animais. Sua origem certa ainda é desconhecida, mas cientistas chineses descobriram uma relação entre o vírus e o Pangolim, um animal asiático que tem sua caça e venda proibidos, mas costuma ser vendido ilegalmente para consumo humano. Acredita-se que este animal seria vendido de forma escondida no mercado de pescados de Wuhan.
Os sintomas são semelhantes aos de uma gripe comum: falta de ar, espirros, tosse seca, diarreia e febre. No caso da infecção em seres humanos, pessoas abaixo dos 25 anos tendem a não ser afetados pelas complicações da doença. Já entre os mais velhos, acima de 65 anos, e pessoas com doenças como problemas cardíacos ou respiratórios e diabetes, a prevenção precisa ser constante.

Como é transmitido?
O contágio desta nova doença ainda está sendo estudada, mas sabe-se que a infecção pode ocorrer pelo ar, quando o vírus se instala nas vias aéreas do hospedeiro, por contato com secreções como saliva e catarro, e por contato com superfícies contaminadas, como mãos e objetos. A transmissão também pode ocorrer de pessoa para pessoa, mesmo que a primeira não esteja com os sintomas da doença.
Como se trata de um vírus “comum” de gripe, o cuidado ainda se mantém em lavar as mãos corretamente e frequentemente, higienizar com álcool em gel várias vezes ao dia e quando for tossir ou espirrar, cobrir a boca e nariz com um lenço descartável. Mesmo se a pessoa for mais nova e não correr o risco de ter complicações do coronavírus, ela ainda poderá passar a gripe para os mais velhos.
O Coronavírus chegou ao Brasil?
Ainda não houve casos confirmados de COVID-19 no Brasil, e segundo o jornal francês AFP, há casos registrados do vírus na China, Hong Kong, Macau, Taiwan, Alemanha, Austrália, Bélgica, Camboja, Canadá, Coreia do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, EUA, Filipinas, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Malásia, Nepal, Reino Unido, Rússia, Singapura, Sri Lanka, Suécia, Tailândia e no Vietnã.
ATUALIZAÇÃO – Quarta-feira, 26/02 – 11h50
Foi confirmado pelo Ministério da Saúde um caso de infecção pelo coronavírus. Um homem de 61 anos que viajou para a Itália em fevereiro, deu entrada no hospital Albert Einstein com os sintomas da doença
Quantas pessoas já pegaram a doença?
Até o dia deste texto, 20 de fevereiro, o número de pessoas infectadas passa de 75.000 no mundo todo. Deste montante, 2.130 pessoas morreram devido complicações da doença. A grande parte ocorreu dentro da China, porém, oito pessoas faleceram em outros países: um paciente na Coréia do Sul, dois idosos no Irã, um homem de 70 anos e um homem de 39 anos em Hong Kong, um homem nas Filipinas, um motorista de táxi de 61 anos em Taiwan, uma mulher de 80 anos no Japão e uma turista chinesa de 80 anos na França.
Eu preciso me preocupar?
O Brasil não está na zona de risco do COVID-19, mas mesmo assim, a população precisa ter cuidado. Além das práticas de higiene que falamos acima, os brasileiros que apresentarem os sintomas e ter ido viajado para a China nos últimos 14 dias, período de incubação do vírus, ou ter tido contato com algum caso suspeito ou confirmado do coronavírus, devem procurar o sistema de saúde para exames.
Fontes: Estadão, Business Insider e Al Jazira